A pobreza em Portugal é endémica e estrutural, mantendo-se há dezenas de anos. É dupla pobreza haver mais de 2 milhões de portugueses pobres e muito pouco se fazer para não os deixar para trás. Esta calamidade social atinge um em cada 5 trabalhadores, mulheres, crianças e os mais antigos. Esta chaga social tem como causa principal a falta de equidade na distribuição primária do rendimento. O crescimento económico é acenado pela direita como resolução... mas inúmeras vezes este não acompanha as remunerações salarias com os ganhos das empresas. São muitos, muitos os trabalhadores cujo ordenados não os deixam sair da pobreza. E o que dizer dos reformados\pensionistas, que já não podem trabalhar, que recebem valores abaixo do limiar da pobreza? Não há adjectivo que qualifique... O combate contra este flagelo passa por salários dignos para não perpectuarmos esta condição social que rebaixa, ofende e estigmatiza. Que a precariedade não seja regra e as rendas estejam em sintonia com salários. Que haja igualdade de oportunidades no ensino e na saúde. Este dramatismo social não se altera com o assistencialismo caritativo do Banco Alimentar nem com o magro RSI, que prolongam a miséria!
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