Com a guerra dos que a podiam ter evitado e agora prolongam para colherem o máximo de dividendos políticos e económicos, a imprensa dos que aqui, por obediência aos primeiros, desceu ao mais baixo nível, manipulando o povo.
Entre tantos, repare-se nestes dois exemplos: ouvi no canal público de televisão (nos outros deve ser o mesmo) RTP3, chamarem ao Batalhão Azov, nacionalista.
O referido batalhão, reclama-se dos ideais de Stepan Bandera que foi o líder de milícias nazis ucranianas que se bateram ao lado das hordas nazis hitlerianas durante a Segunda Guerra Mundial. Participaram ativamente no golpe de Estado de 2014, no horrível massacre da Casa dos Sindicatos de Odessa onde foram queimadas pessoas vivas, na guerra contra a auto-determinação do Dombass, e na atual.
Pois bem, a RTP3, e com certeza as outras (ainda não reparei), em vez de lhe chamarem aquilo que são e até de que se reclamam, nazis, eufemisticamente, num claro esforço de branqueamento, chamam-lhe nacionalista.
O outro exemplo de tentativa de condicionamento e manipulação, ouvi ontem também na rádio publica, Antena1, (volto a dizer, as outras não são melhores) que “várias centenas de pessoas participaram na manifestação do 1º de Maio da CGTP”.
Reparem neste preciosismo: várias centenas! É verdade que várias centenas, podem ser milhares. Como foi o caso. Mas o impacto é diferente. Portanto, a desvalorização é mais que evidente.
Quem lá esteve, sabe perfeitamente que foram vários milhares. Já houve maiores. Mas esta, também demorou à volta de uma hora a entrar na Alameda. Isto, apesar da feroz campanha anti-comunista em curso, e também contra a luta dos trabalhadores e da sua, organização de classe, a CGTP-IN.
Francisco Ramalho
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