quinta-feira, 19 de maio de 2022

Mais barriga que olhos

 

ABSURDO INFINITO

 

Programam crescimento infinito

Exaurindo a Terra de recursos

Mas como se vêem tão astutos

Fazem ouvidos moucos ao seu grito.

 

Não vemos o depredador aflito

Porque pensa não suportar os custos

Ao cofre dos exploradores brutos

Acede um número muito restrito.

 

Não lhes falem em Terra esgotada

Seguros das riquezas que guarda

Sem noção da responsabilidade;

 

Sob ameaça de um cataclismo

Em vez de agirem com realismo

Insistem na mesma indignidade.

 

Amândio G. Martins

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