terça-feira, 17 de maio de 2022

Nas mãos dos falcões


No rescaldo da II Guerra Mundial, a Europa “decidiu” acabar com todas as guerras no Continente, adoptando o diálogo e a diplomacia para resolver qualquer diferendo. Faz pouco tempo, não faltava quem exaltasse a Paz que a Europa tinha “inventado” há sete décadas, considerando-a mesmo um direito adquirido (e eterno?). Tanto que se chegou a diagnosticar “morte cerebral” à NATO, constituída em tempos dos “papões” soviéticos. Afastados receios "infundados", a Europa Ocidental, com a ajuda dos EUA, entendeu-se com os “moribundos” soviéticos, e tratou de incluir numa expansiva Aliança diversos países que, antes, pertenciam ao outro lado da Cortina de Ferro. Foi o tempo das “pombas”, crentes de que a Rússia tudo aguentaria.

Como não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe, sobreveio o tempo dos “falcões”. Entrevendo a possibilidade da realização de um sonho antigo, alguns deles, persistindo em confundir a Federação Russa com a União Soviética, entenderam que chegou a hora da vingança pelo atrevimento de 1917, e, mal Putin cometeu o erro fatal da Ucrânia, desvelando as suas insuspeitadas fraquezas, logo os “falcões” apareceram a exigir a destruição e humilhação da Rússia.

Resta saber se há um momentum para se humilhar um país, em especial um dos “grandes”. O preço poderá ser demasiadamente alto. Aconselham-se cautelas.

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