A vetustez de Henry Kissinger (H.K.) não garante nada, muito menos a sua infalibilidade. Atesta apenas a longa experiência que acumulou no desempenho dos múltiplos cargos em que influenciou decisivamente o mundo.
Escrevendo, na sua crónica de 26/5 no PÚBLICO, sobre as posições reiteradas por H.K., João Miguel Tavares (J.M.T.) desejou “boa sorte” a todos quantos escolhem “prudência, prudência, muita prudência” no tratamento da questão ucraniana. Diria eu que quem vai precisar de muita “boa sorte” será J.M.T. e os outros (todos nós!) caso se prossiga o proposto exercício de displicente indiferença quanto ao que virá a seguir às exibições de bravura dos ucranianos, como se elas dependessem apenas deles e não do empenhamento concreto dos países e povos que proporcionam as condições necessárias a tanto heroísmo. Um princípio, não infalível, mas básico, de quem aspira à “boa sorte”, é, no mínimo, não desafiar a “má sorte”.
Público - 29.05.2022
Bem observado!
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