Teresa de Sousa (T.S.) e Jorge Almeida Fernandes (J.A.F.) são dois “pilares” do PÚBLICO a quem consagro a máxima admiração, como jornalistas e, sobretudo, como analistas. Exibem os seus argumentos de forma brilhante e fundamentada, mas porque quase sempre colados em demasia a uma determinada visão do Mundo, a eles não adiro amiudadamente.
Nas suas crónicas do passado fim de semana, T.S. escreveu, na “Sem fronteiras”: “(...) a teoria (...) do ‘droit de regard’ das grandes potências sobre os pequenos países deixou de ser aceitável, pelo menos para as democracias”. Já J.A.F., no “Ponto de vista”, a propósito de declarações de Andrey Kortunov, director do think tank Conselho Russo de Assuntos Internacionais, à Economist, debitou que “Os ucranianos são claramente movidos por valores”.
Ambas as afirmações me levantam sérias dúvidas: a primeira porque dá a entender que esse “droit” já foi aceitável, o que repudio, fosse quem fosse o seu “legítimo” detentor, e porque não estou convencido de que tenha sido “descartado”, em especial pelos EUA; a segunda porque exprime um mero wishful thinking, de belíssima inspiração, mas de nublada aderência à realidade, escamoteando ostensivamente tantos outros interesses que são visíveis no “terreno”.
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