Morreu esta sexta-feira Amândio de Carvalho, antigo dirigente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da AF de Setúbal. Tinha 79 anos e foi vítima de doença prolongada.
Vice-presidente da FPF entre 1983 e 1986 e, depois, entre 1998 e Dezembro de 2011, dedicou grande parte da sua vida ao movimento associativo e em particular ao futebol.
Eleito vice-presidente da Associação de Futebol de Setúbal, em 1970, foi secretário-geral e responsável pelo futebol juvenil, numa primeira passagem que se prolongou até 1983, altura em que assumiu funções como vice-presidente da direcção da FPF, presidida então pelo Dr. Silva Resende. Foi o responsável pelas selecções que participaram no Europeu de 1984, em França, e no Mundial de 1986, disputado no México.
Em 1989, regressou à AF Setúbal, na qualidade de secretário-geral. Dois anos depois, Amândio de Carvalho foi eleito como presidente, mantendo esse cargo até 1998, altura em que retornou à FPF como vice-presidente administrativo, na direcção presidida por Gilberto Madaíl, acumulando, desde 2007, com o cargo de responsável pela Selecção A, acompanhando-a no Euro'2008 e no Mundial'2010. Manteve-se nestas funções até Dezembro de 2011.
A 6 de Setembro de 2011 foi agraciado com o Grau de Comendador da Ordem de D. Henrique, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Amândio de Carvalho foi praticante de ténis de mesa, basquetebol e futebol. Chegou a integrar a selecção de juniores de futebol da AF Setúbal. Em 1958, tirou o curso de treinador de futebol no antigo INEF. Profissionalmente, e depois de ter tirado o Curso Industrial, foi professor no Montijo. Trabalhou na Firestone Portuguesa desde 1961.
Citado pelo site da FPF, o presidente Fernando Gomes expressou o "voto de profundo pesar pela morte de Amândio de Carvalho". "A sua competência profissional e capacidade de liderança deixaram marcas positivas na FPF e contribuíram para engrandecer o futebol português. Pessoa de cortesia ímpar, Amândio de Carvalho deixa igualmente ao País um enorme legado de simpatia, seriedade e honradez", pode ler-se na mensagem.
Informação pelas 12h46, online do Jornal Record de 03 de Fevereiro de 2017
É uma notícia triste, pois o Amândio era uma pessoa muito conciliadora que criava simpatia em muito lado. O seu percurso de dirigente associativo, foi sobretudo ligado ao futebol, mas também esteve ligado a diversas actividades sociais. Natural de Montijo, onde sempre viveu, tem uma filha (funcionária na FPF) e um filho licenciado em engenharia. Mais um bom cidadão que parte. Paz à sua alma, e sentidos pêsames à família.
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