Agora todos deram em analistas especializados em política
norteamericana. Desde o bombeiro ao cangalheiro, passando pelos jornalistas e
pelo repórter de rua, que colhe impressões à brasileira e ao ucraniano à saída
do supermercado, ao professor da melhor academia em assuntos internacionais,
religiosos, islâmicos, muçulmanos, que oram nas horas corânicas, até aos
fundamentalistas radicais, iemenitas, sunitas, xiitas, curdistas, que se ligam
entre si por telemóvel explosivo que fazem todos os itas e estranjas que estejam por perto, irem pelos
ares, numa esplanada ou num autocarro. Não há, desde que Trump foi eleito
presidente da maior Economia e mais poderosa Nação do mundo, crente ou
disfarçado em entendido, em matéria fina e grosseira criada pelos governantes
políticos de países ricos de charuto na boca, e outros pobres de calças na mão
e de saco aonde esconde a marmita, a caminho das Misericórdias a buscar o pão,
que não se pronuncie sobre as posições tomadas pelo recente chefe da Casa
Branca e pelas ameaças que ele junta aos discursos twitados. Com tanta
gente a fazer coro e a repetir o que se diz e se escreve, e com tal
"sabedoria" emitir a hipotética verdade, ou a suspeita mentira que
degenera quase em boato, nós, também sentimos que estamos apanhados por toda e
tanta trumpalhada, que promete infernizar-nos a vida, como se até aos
dias de hoje ninguém o tivese feito. Diz-se que irá ser levantado um muro numa
fronteira do Mexicrime, para eliminar o banditismo, como se fosse a
primeira vez que um presidente, fosse o primeiro, a ir lá colocar a assentar a
primeira pedra, quando já lá existem milhares erguidas e estendidas. Que serão
expulsos indivíduos dos EE.UU aonde nasceram e só falam inglês do faroeste,
como se não tivéssemos já recebido recambiados de lá lusoamericanos que nunca
tinham pisado outro solo, para os Açores, e que nem uma palavra em português
soletravam. Diz-se que se vai combater o terrorismo-praga, que cresce e
recrudesce pelas arábias primaveris e seus parentes que cheiram a pólvora e a
petróleo, fornecido e explorado, pelos homens do charuto yank e de outros ricos
industriais que se passeiam pelos resort´s milionários, e paraísos fiscais,
grandes iates, e organismos bolsistas e especulativos, sem dó nem piedade. E
sendo quase assim que as coisas estão acontecendo, eis que aparece um louro
exótico, que sob o efeito das luzes mediáticas luxuosas e de belas companhias,
que me põe a salivar, parece por vezes ser alaranjado, atiram-lhe com a autoria
das mais diabólicas e mortíferas aventuras de mau gosto, e de indecifráveis
efeitos, sem que o homem de costas largas, ainda tenha disparado ou enforcado
nenhum Khadafi, Hussein, Assad ou outro xeique assim. E todos repetem por tudo
quanto é esquina tosca e inquinada de imitação amacacada a desgraça anunciada.
Ninguém do povo que sai da ida às compras e do McDonalds, sabe seja o que for
sobre o homem forte dos E.U. mas todos dão opinião, que quase todos os
analistas, correspondentes, jornalistas, "noticiaristas" dos media, se fartam de
ler e reler das propaladas e veiculadas nas têvês tóxicas, pela imprensa
estrangeira e mais próxima e mais presente, e acentuada importância. É minha
ingénua impressão de que ainda vamos ter de agradecer uma vez mais, e outra, ao
truculento presidente do Novo Mundo, por nos ajudar a varrer e a tirar o lixo
que nos têm os líderes europeus despejado à nossa porta. Veremos. Mas veremos e
sentiremos com mais ou menos dor, com mais ou menos pão. Em liberdade pois
então!
Mesmo que eu não soubesse quem era o "duplo mouraria", a sua verve traía-o, caro Joaquim...
ResponderEliminarAgora o tema: Trump. A final, como diz o Pacheco Pereira, há, pelo menos um "trumpista"... pelo menos potencial..
Bom, vamos então esperar ( eu com angústia)... em liberdade.
Tenho sempre "medo" de me "meter" consigo pois "levarei paulada" demolidora e bem escrita mas enfim, perdoar-me-á a petulância... Abraço com admiração!