O sultão da
Turquia, Erdogan, continua a perseguir, despedir e prender milhares
de compatriotas seus, civis e militares. No plano internacional, para
massacrar os curdos, viola impunemente o espaço aéreo da Síria e
do Iraque. E, depois do boss, Israel,
bombardeia também a Síria com o pretexto de destruir armas que se
destinariam ao Hezbollah.
Repare-se
que tanto os curdos,( que se batem há décadas, também
pela autonomia da sua pátria)
como os combatentes do Hezbollah, são dos principais opositores aos
fanáticos assassinos do auto-denominado Estado Islâmico e da
Al-Qaeda.
E o denominador comum entre,
Trump, Erdogan e Netanyahu, ou seja, entre os EUA e os seus aliados,
Turquia
e Israel, é o derrube
do atual
governo da Síria que com o
apoio da Rússia, tem vindo a dizimar os criminosos fanáticos
islamistas. Para
compor o ramalhete e ameaçar mesmo a sério a paz mundial, Trump,
envia uma esquadra para os mares da China com misseis equipados com
ogivas nucleares para reforçar as que já tem em Bases na Coreia do
Sul. O pretexto é, como se sabe, os testes balísticos efetuados
pela Coreia do Norte. Evidentemente que este país não deveria
efetuar tais testes e nem sequer devia possuir a bomba atómica. Mas
que moral e que direito tem
Trump, e os EUA, para determinar
seja o que for nesta matéria? Quem é que deve possuir tais armas?
Israel ou o Paquistão que nem sequer subscreveram o Tratado de Não
Proliferação? (TNT) Ou qualquer um dos outros nove estados que as
possuem? Por exemplo, os EUA que tem mais que todos os outros juntos
e se arroga o direito de a usar preventivamente? Aliás, o único que
já o fez mesmo depois da Alemanha nazi se ter rendido. Portanto,
quem é que deve fazer prevalecer o Direito Internacional se não a
ONU?
Antes
de alinhavar estas palavras, ainda pensei colocar como título “ A
Lei da Selva”. Desisti
imediatamente. É que a lei da selva, é a lei da Natureza. Os
animais mais fortes, matam os mais fracos para se alimentarem.
Para sobreviverem.
Não por malvadez.
Não por ambição ou
sede de poder…
Francisco
Ramalho
Corroios,
30 de Abril de 2017