A Juventude Popular, uma rapaziada afecta ao CDS, partido da Direita
controversa no quadro político/filosófico e representativo de uma classe social
oportunista, de gravata, sapato de verniz e de tacão alto, vem agora, de tão
popular que é, aderir passados 43 anos ao 25 de Abril de 1974. E vai daí, abre
a campanha de eleições que se anunciam e para elas se preparam, utilizando
abusivamente uma foto de Alfredo Cunha, que retrata o capitão Salgueiro Maia,
soldado interventor da estratégia da Revolução dos cravos. Não satisfeitos com
a rapina da obra, entretiveram-se a recortá-la, decorá-la e colá-la num fundo azul,
fixando-lhe uma legenda à sua medida e gosto. O ar sereno do capitão, surge
numa aparição quase celeste, e encostado a uma frase que não foi dele, mas que
a JP parece querer-lhe atribuir, mas nela registar a sua má intenção e a sua
voz - "A Liberdade é de quem a dá aos outros". Fantástico ó rapaziada
do Café-De Saco! Porém o autor do trabalho artístico, é que não gostou nada da
brincadeira, e insurgiu-se contra a canseira dos jotinhas em utilizar e
espalhar nas redes sociais, a foto, que roubaram e desvirtuaram, como se ela
fosse de sua propriedade intelectual. Ora todos sabemos que Cultura é coisa que
não vem daquele partido político, e Liberdade muito menos. Dizem eles que foi
com boa-fé que procederam a tal roubo. É verdade que eles em matéria de Fé, são
capazes de a demonstrar, mas então arranjavam uma foto que os definisse melhor,
e essa talvez a encontrassem em Fátima à venda, no meio de tanta cera, que
também é coisa que eles fazem, para não terem tanto trabalho, que esse fica
para os outros. Aquela Juventude como é democrata-cristã, estaria mais bem
representada, se sobrepusesse num fundo azul um ícone do seu santuário, a puxar
ao sagrado, mais condizente com as suas orações/propostas, para fazer uma
sociedade feliz, e não deitasse mão de um militar fardado, que simboliza um
quadro de guerra, já que nem cravo nem pomba exibe para democrata ver. O fundo
da foto do Alfredo Cunha, é um poderoso tanque de fazer fogo, forte e feio. Ou
seja, de fazer explodir a política de outros 3 efes como os do antigamente, e que tanto foi
do agrado da rapaziada que sempre foi próxima desses valores, herdados pelo
CDS/PP, até ao 25 de Abril de 1974. Mas o Alfredo, artista das captações de
gestos e actuações ímpares, através de uma objectiva, é que não está pelos
ajustes, e vai processá-los pelo "claro abuso de propriedade
intelectual". Sempre a disparar e a captar imagens e casos. E faz muito bem!
*-(hoje no Destak)
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