Mas o que é que se passa com alguma comunicação social deste país ?
Resumo : alguém vê uma idosa a ser transportada, algures neste país, creio que na zona de Elvas, num carrinho de mão por um homem; alguém tira uma foto ou filma a ocorrência; alguém manda o registo para a comunicação social.
E depois?
Depois, as imagens e fotos tornam-se “virais” como é moda agora dizer e as televisões, ávidas de audiências, não descansam enquanto não escarafuncham a vida daquele casal e “expõem”, qual circo no grande écran, as misérias daquelas pessoas.
Depois, as imagens e fotos tornam-se “virais” como é moda agora dizer e as televisões, ávidas de audiências, não descansam enquanto não escarafuncham a vida daquele casal e “expõem”, qual circo no grande écran, as misérias daquelas pessoas.
Imorais, miseráveis, que se resguardam sob a capa da necessidade de informar e expõem de forma humilhante as condições degradantes em que aquele casal vive, dando uma imagem de um país que perdeu a decência.
Dir-me-ão que se não fosse a comunicação social, a senhora continuaria a ser transportada num carrinho de mão, como se fosse uma carga de lenha e eu dou a mão à palmatória, mas apenas nesse particular e porque o insólito da situação, desencadeou uma reacção institucional de apoio aquela família.
Mas será que era necessário mostrarem a Portugal e ao mundo a miséria humana em todo o seu “esplendor”?
Não teria sido mais profissional, ético e moral, desencadear a rede social de apoio à família e ficar por aí ?
Fica a pergunta…
Fica a pergunta…
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