Com
uma vitória à pele e fortemente contestada pela oposição,
Erdogan, passa a concentrar em si todos os poderes essenciais na
Turquia. Na sequência de um conveniente “golpe de Estado” ,
aproveitou para amordaçar a oposição fazendo uma purga nas Forças
Armadas, despedindo ou prendendo milhares de juristas, professores,
jornalistas, artistas, o sultão, com os votos dos sectores
político-religiosos e culturais mais conservadores e atrasados( as
grandes cidades votaram Não no referendo) prepara-se para dirigir
ainda com mais mão-de-ferro aquele importante país charneira entre
a Europa e o Médio-Oriente, membro da NATO e inimigo figadal dos
que mais se batem contra os fanáticos terroristas islamistas; os
Curdos, a Síria e o Irão. Portanto, com uma Rússia cercada pela
NATO e que estende os seus tentáculos a todo o planeta, com a
extrema direita a levantar a cabeça na Ucrânia, na Hungria, em
França e um Trump com a vassalagem de novo no bolso e a ameaçar
quem não lhe obedeça, nomeadamente o aberrante regime
norte-coreano, por fazer testes balísticos e por possuir a arma
nuclear. Claro que não a devia possuir! Mas quem o devia? O
Paquistão e Israel que nem sequer subscreveram o Tratado de não
Proliferação Nuclear? Ou qualquer um dos restantes nove estados que
a possuem? Nomeadamente os EUA que tem mais que todos os outros
juntos? E quem é que tem legitimidade, para nesta matéria como
noutras em que está em causa a paz mundial, impor seja o que for,
como pretendem os EUA, se não a ONU? O mundo está efetivamente a
ficar cada vez mais perigoso. Resta-nos resistir. evidentemente! Que
outro caminho nos aponta a dignidade?
Melhores
dias virão. Apesar de passos atrás, o caminho da humanidade não é
do opróbrio, mas sim o da Justiça e da Liberdade.
Francisco
Ramalho
Corroios,
17 de Abril de 2017
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