quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pregar no deserto

Nasce na minha aldeia um ribeiro
E desde sempre muito maltratado
Onde muito lixo é despejado
Num hábito para lá  grosseiro.

O ambiente não é um chiqueiro
Não pode ser assim abandalhado
E recurso natural conspurcado
Retrata a nossa falta  de asseio.

Esperemos que nas novas gerações
Com tudo para serem informadas
Haja quem combata tais aberrações…

Ninguém me encomendou estes sermões
Mas ao ver coisas tão disparatadas
Não posso calar as minhas emoções!

Amândio G. Martins


3 comentários:

  1. No quarto verso da primeira estrofe eu queria dizer"Num hábito para lá de grosseiro"...

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  2. Bem podemos esperar sentados que as novas gerações combatam tais aberrações...

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  3. Também não sou muito optimista, senhor Ramalho, mas sejamos pacientes. Em frente à minha casa passa diariamente um grupo de jovens, que tem paragem de autocarro aqui ao lado; e todos os dias deixa atrás de si um rasto de porcaria, que eu depois apanho e coloco no contentor. Este fica mesmo ao lado da paragem, mas preferem deixar no chão as embalagens de leite e outras conforme vão ficando vazias. Seguramente que, alguns deles, muita coisa boa hão-de aprender nas escolas, mas civismo não me parece que seja! Mas enfim, há quem chame a isto irreverência da juventude, embora se limitem a copiar o que vêem os adultos fazer...

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