Como em Fátima já não há alojamento nem para as moscas, e a oferta para pernoita e descanso, ainda possível, custa na especulação, umas significativas e boas moedas de euro, que se pagam por cartão dourado e em notas, o governo do actual António, 1º ministro do generoso elenco sentado em S.Bento, decidiu tolerar a falta ao trabalho por causa da visita peregrina do Papa. Embora sendo laico, o 1º ministro Costa, crente na possibilidade de que no Terreiro sagrado de Cova de Iria, comporta com mais gente, abriu o coração à vontade dos funcionários públicos, que desejam muito “estarem presentes” nas celebrações que ali vão ter lugar, chamadas de Canonização dos pastorinhos. Estes com toda a emoção, agradecem tamanho respeito pela devoção enquanto laboriosos agentes do Estado. Mas constatada a falta de hospedarias, e outros alojamentos confortáveis, e demais espaço, os crentes que professam a religião das pontes toleradas, vão com certeza rumar a outros santuários, aonde também poderão andar descalços e de joelhos sobre as areias, a construirem castelos com os filhotes, e até aliviados de roupagem muito oficial, a fazerem um sacrifício numa qualquer esplanada algarvia, aonde o sol também baila e conforta. Encontrar culpas e culpados por isto assim acontecer, é não ter a noção de que o país, é grande para uns e pequeno para outros. É religioso quando quer e demonstra quando convém, fé no seu povo, que lhe serve de clientela quando dela precisar. E está para breve essa necessidade. “Eleições à porta, seja Deus louvado. Seja Deus louvado...seja...”!
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