A mesma porcaria em todo lado...
Aqui há uns anos foi mostrado na TV um jornalista brasileiro perguntar a Jardel, aquele jogador de futebol que fez por cá grande sucesso,
que se candidatou na terra dele a um lugar de deputado, qual foi a razão que o
levou a entrar na política por um partido de Direita, tendo ele respondido que
sempre se considerou um homem “direito”; e também é assim que se “explicam” em
termos políticos aquelas pessoas com quem convivo mais de perto que, dizendo-se
de Direita mas não fazendo a mínima ideia do que isso seja, não poupam os
disparates acerca dos partidos de Esquerda.
Costumo “chateá-los” dizendo que a Direita é esterco em
qualquer parte do mundo e quem vive do trabalho e vota nesses partidos não tem
a mínima noção do que anda a fazer, embora não possa incluír no qualificativo
muita gente que, tendo sido eleita por partidos de Direita, prestam
inestimáveis serviços nas autarquias; assim, não posso apontar nada contra o
trabalho do presidente da Junta da minha freguesia nem contra o presidente da
Câmara, dado ver em ambos um desempenho meritório.
É no quadro maior da política nacional, na filosofia por que
se orientam esses partidos, que eu costumo “escolhambá-los”; de facto, usam
todos a mesma cartilha por esse mundo fora em defesa dos grandes interesses, que
mascaram com a patranha de que são os grandes defensores do interesse nacional,
sempre em prejuízo dos que menos têm.
Venho acompanhando as peripécias do orçamento espanhol - “presupuestos generales del Estado” - que Pedro Sánchez negociou com o “Podemos”,
que em Espanha tem o papel dos nossos BE
e PC nas exigências da melhoria das condições para os mais desfavorecidos e de
quem o Governo depende para fazer passar esse orçamento no Congresso, embora vá
precisar dos independentistas da Catalunha, que ajudaram à queda de Rajoy e são
aqueles com quem a tarefa vai ser mais complicada agora.
Do lado da Esquerda e comentadores que vêm apoiando Sánchez
é várias vezes referido Portugal, que de certa forma querem ver imitado, para
contrapor à linguagem catastrofista das gentes da Direita e dos patrões, que
usam exactamente os mesmos termos e ameaças de desgraça que aqui ouvimos à
Direita ressabiada quando foi obrigada a largar o poder...
Amândio G. Martins
Jardel. Também "do lado di cá" o panorama não é muito diferente, apesar de 44 anos passados após o 25. Continua a não ser nada difícil encontrar um Jardel qualquer, que acha que ser socialista é ser sociável.
ResponderEliminar- O Zé Valdigem é um gajo porreiro. Cumprimenta toda a gente. É um socialista. Despedem-se normalmente, com um "boa continuação".
Só porque se falou do Brasil, conto o que me chegou no facebook. Dizia Tim Maia, entre outras coisas: "... o Brasil não serve de padrão pois é o país onde prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme e o mais pobre vota na extrema direita..."
ResponderEliminarConheço razoavelmente o ambiente e corroboro o que diz o Valdigem...
ResponderEliminarJá no caso do chulo brasileiro, ele ciúmes não terá, não quer é perder a fonte de rendimento...