Para lá do entendível..
Não lembro o nome da pessoa que disse não ser o futebol uma
questão de vida ou morte, mas muito mais importante que isso; e todos os dias
se nos deparam cenas difíceis de entender por quem não fizer parte dessa tribo.
E a sempre problemática disputa entre os chamados grandes rivais
do Minho não podia dispensar as habituais cenas tristes; mas serem os de Braga
obrigados a entrar em campo com o jogo a decorrer havia já meia hora; e
obrigados também no fim a fazer um enorme desvio para regressar a casa, aonde
chegaram altas horas da madrugada, porque as autoridades temiam que pudessem ser
apedrejados na autoestrada, já o tendo sido em plena cidade, a partir das
janelas das casas, revela qualquer coisa incompreensível também da parte das
polícias.
É que me parece mais racional, se é que em tais fenómenos se
pode usar o termo, vigiar na autoestrada, que nem tão longa é, os pontos mais vulneráveis à segurança do que
ter de andar às voltas por estradas interiores, a meu ver mais propícias a
esconder emboscadas.
Assiste-se a uma completa inversão de valores nos desportos,
em quase todos, onde no que parece um ser humano se revela facilmente a besta
camuflada; ainda há dias se viu um motociclista em competição, a altíssima
velocidade, estender a mão à máquina de um adversário para tentar freá-la e
poder vencê-lo.
Os macacos em cativeiro costumam arremessar aos basbaques
que lhes desagradam os dejectos que têm à volta; um seu semelhante à solta,
abusando deste espaço, há anos que faz o mesmo contra um grande jogador de
futebol, de quem não consegue disfarçar a doentia inveja...
Amândio G. Martins
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