Brincar com o fogo...
Impressiona ver a facilidade como tudo quanto há de pior na
luta pelo Poder no mundo tem cada vez maior audiência; não sei a que atribuír
tamanha vontade de “pagar para ver”, mas talvez seja o natural espírito aventureiro do ser humano.
Nasceu em 2014 de uma dissidência do PP porque o fundador,
Santiago Abascal, via no único partido da Direita espanhola uma
perigosa tendência esquerdista, dizendo mesmo que “hay millones de españoles
traicionados por Rajoy”, sendo que o próprio Aznar, sem o nomear, aproveitou
para dizer que, quando entregou o Partido, toda a Direita se revia nele e agora
está tripartida ; Abascal baptizou a
coisa com o nome de VOX e já consegue encher com dez mil pessoas o palácio
Vistalegre e ainda sobraram uns milhares no exterior.
As frases-chave são as mesmas usadas por Trump, que
originalidade e imaginação é coisa que escasseia neste tipo de gente: “Los
españoles primero”, “haremos España grande otra vez”; contra a lei que protege
as mulheres da vilolência de género,
contra o feminismo, contra o estrangeiro. Tem como inspiradores, além de Trump,
Le Pen, Orban, Farage, Salvini e, como ideólogo-mor, aquele Steve Bannon cuja
missão declarada é causar à Europa a maior instabilidade que puder, dado não se
rever na tradicional Direita europeia.
E tal como no Brasil, onde o fascista que lidera a corrida
ameaça matar a “pretalhada” toda e tirar aos pobres o pouco que ainda vão
tendo, mas tem muita gente negra e pobre a fazer campanha por ele, assim também
este VOX mostrou no seu comício de Vistalegre imensas mulheres na plateia
aplaudindo as enormidades proferidas...
Amândio G. Martins
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