quarta-feira, 17 de outubro de 2018

ONDE PARA O INTERESSE NACIONAL?

A nossa democracia parece ter chegado a um passo do pântano, em tempos denunciado por Guterres. Senão vejamos. Este arranjo a que alguém chamou de geringonça, não consegue realizar uma reforma de fundo, porque os partidos que apoiam este governo só se entenderam em arredar o governo de Passos Coelho. É um governo que tem navegado à vista, sempre a curto prazo, para garantir a sobrevivência política de António Costa e dos seus homens (e mulheres, claro) de confiança. Esta última remodelação é uma prova evidente, pois aparte um caso ou outro, os ministros e secretários de Estado não possuem currículo, experiência profissional ou até de vida, bom senso e humildade para o necessário serviço público. O PM escolhe para o governo não os melhores do PS, mas apenas os que sabe serem credores de favores políticos ou os que obedecem sem perguntar sequer. O interesse nacional que um governo competente deveria prosseguir em primeiro lugar, está esquecido na gaveta de Costa. Na recente apresentação do OE 2019 o ministro Centeno e os seus Secretários exibiram até uma certa arrogância intelectual a roçar a insolência, quando as perguntas de alguns jornalistas não lhes agradaram. Há uma ideia de autosuficiência, de desconsideração e tentativa de bloqueamento das opiniões alheias que indicia tiques autoritários, do posso, quero e mando. É pena que o povo português ainda tome por verdadeiros os telejornais e a massiva propaganda do governo e dos partidos que o apoiam. Há falta de massa crítica, e os poucos comentadores que ainda ousam dizer algumas verdades, estão em vias de extinção. Uns porque foram "desconvidados", outros porque desistiram simplesmente e foram tratar das suas vidinhas. E quanto aos partidos da oposição, estamos falados. O PSD de Rui Rio, parece contentar-se em sentar-se à mesa do governo de Costa e o CDS não consegue ter uma voz convincente no que toca a uma vitória eleitoral por enquanto.

4 comentários:

  1. E há sempre à mão o "nóvel" PSL (Partido Social Liberal") herdeiro e clone legítimo do defunto (pensávamos) PNSTA (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães).

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  2. PSL, vale zero. Os partido portugueses têm aguentado muito bem. O BE, num prazo talvez mais curto que médio, vai perder votos que irão voltar ao PS e PSD. Isto digo eu, claro, a política não é ciência certa...

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    1. Zero? Então o PSL não vai eleger o seu guru? É o que dão as sondagens...

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  3. Este artigo foi publicado no semanário Expresso, na sua edição de 20 de Outubro.

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