quarta-feira, 24 de outubro de 2018

GUARDEMOS AS ÚLTIMAS LIBERDADES QUE NOS RESTAM

Como diz a minha amiga Isabel, temos que resistir a isto tudo: ao grande mercado e ao fascismo, sem nos perdermos. Temos que guardar as últimas liberdades que nos restam: de pensar, de ser, de gritar, de subir ao palco, de nos expressarmos. O problema não são apenas os grandes, os poderosos. Os pequenos, muitas vezes, são mesquinhos, merceeiros, trepam por cima dos outros. Ou então limitam-se a obedecer, paralisados pelo medo. Muitas vezes tornam-se fascistas, racistas ou apoiam candidatos fascistas por uma questão de insegurança, medo, ignorância. As relações pessoais tantas vezes são falsas, hipócritas. E a máquina quer-nos pôr doentes e culpabilizar-nos por isso. Tal como o cristianismo, o capitalismo inculca-nos a culpa, o sacrifício, a não-vida. Mas até parece que o grande rebanho tem gosto em lixar o parceiro do lado, em perpetuar a não-vida. Não se procura a vida livre, autêntica. Há cada vez mais pessoas sós, isoladas. Reina a esquizofrenia. Resistamos, Isabel. Resistamos, Goreti. Os partidos não nos compreendem. Guardemos a liberdade e o amor que nos restam.

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