quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Violações


Falar de violações implica falar de Nadia Murad. Com apenas 25 anos, já viveu uma longa vida de horror. Agora, com alguma fama alcançada, pede a ajuda mundial na luta contra a violência sexual e os genocídios, e propõe-se ser a voz de quem não tem voz. Escreveu um livro, “Eu Serei a Última”. Oxalá seja.

Não consta que Nadia tenha, alguma vez, procurado tribunais para obter ganhos patrimoniais, o que, aliás, de nada lhe teria valido. Não contribuiu com nada para que a sua vida tivesse sido o que foi, mesmo que pudesse adivinhar que, depois dos tormentos, lá estaria o Prémio Nobel. Se tivesse tido as forças suficientes para se opor às violações a que foi submetida, teria sido morta, provavelmente com inimagináveis requintes de brutalidade. Segundo diz, vai disponibilizar o dinheiro que ganhou na reconstrução das vidas destroçadas de milhares de yazidis e na protecção das vítimas de abusos sexuais do Daesh e outros terroristas. Torto como está, o Mundo ainda nos surpreende, de vez em quando, com algo de positivo.

3 comentários:

  1. O Prémio Nobel da Paz este ano acertou no alvo, com a Nadia e o médico ginecologista!

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  2. Várias vezes entregue sem que se percebesse muito bem porquê, desta vez foi consensual a sua aceitação ...

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