quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Der Spiegel


Numa altura em que os factos, quaisquer que sejam, não estão provados, questionar o assunto não é tentar branquear a actuação de Ronaldo ou transferir as culpas para a queixosa. Devo confessar que a leitura do artigo da Der Spiegel, divulgado pelo Expresso, me deixou bastante desiludido. Sobretudo porque lhe divisei alguma parcialidade contra Ronaldo, num tom excessivamente apiedado de Kathryn Mayorga. Constatei ainda o que me pareceram ser incongruências a esmo no “depoimento” dela. Não se pode ignorar que, na falta de declarações do jogador português, os jornalistas teriam de limitar-se ao material de que dispunham, e não se pode esquecer que, tendo em conta as “ameaças” de accionamento judicial à revista alemã, as relações entre as partes não sejam as melhores. Só se espera que esta animosidade não tenha alimentado alguma “má-vontade” contra Ronaldo, exponenciando o “sofrimento” de Kathryn durante anos a fio, se bem que financeiramente muito bem compensado.   

 A revista não questiona como é que uma pessoa com “dificuldades de aprendizagem” concluiu um curso universitário de jornalismo. Não se interroga sobre o diagnóstico de um psicólogo forense, concluindo que os males de que Kathryn padece são “resultado directo e exclusivo do ato de abuso sexual por parte do Sr. Ronaldo”. Não levanta a questão de ter havido, de parte a parte, um jogo de sedução e engano. Não me espantaria saber que Ronaldo caiu numa esparrela bem montada por um grupo de pessoas a funcionar no seu “habitat” natural, que sabia muito bem ao que ia. Se tal se confirmasse, o único enganado teria sido ele.

É possível que Ronaldo tenha cometido um crime de violação, mas, na verdade, nada está provado. E agora noticiou-se que, após o “crime”, agressor e vítima continuaram a “confraternização” numa discoteca. A ser verdade…

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