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sexta-feira, 21 de outubro de 2022
Orçamento do Estado - 2023 (OE23) e seus (d)efeitos
É, em relevante parte, à custa da classe média, dos trabalhadores em geral, dos reformados e pensionistas, que o OE23 apresenta «contas certas», controle do défice e diminuição da dívida, que no dizer de economistas reputados - é mais privada do que pública. Na actualização de salários e pensões, as contas do executivo são baseadas numa ilusória inflação de 4% em 2023 e 2% em 2024(!). O «brilharete», pelos resultados, em sede de concertação social, com o aplauso das confederações patronais foi, também, um bodo às grandes empresas, beneficiando-as fiscalmente e diminuindo-lhes a taxa do IRC. Este OE23 é uma variante troikista com anestesia local... onde o SNS ficará para trás, atendendo que o negócio privado da doença é presenteado com 1,7 mil milhões de euros(!). Não se taxam os lucros excessivos oriundos da especulação dos preços de bens alimentares. O empobrecimento dos mais vulneráveis está aí e nem «o» rebuçado de meia pensão e os 125 euros vão mitigar, a enorme dificuldade em aceder ao essencial. Os 125 euros são uma ninharia assistencialista. Os altíssimos níveis de pobreza são uma chaga social, que cresce... indigna-nos, ao mesmo tempo, as subvenções vitalícias, que atingem remunerações pornográficas. Portugal é rico! Para poucochinhos... enquanto a pobreza é atirada para as margens da caridade, os mais ricos estão ainda mais endinheirados. Em suma: agrava-se a exploração e concentra-se a riqueza. Diminuição da dívida, do défice e «contas certas» muito, muito à frente das pessoas... esta é uma sociedade (des)governada em regime absoluto por um partido que diz, enganosamente, ser: «socialista».
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