sábado, 15 de outubro de 2022

Terrorismo ecológico

 

A destruição de obras de arte como forma de luta por uma causa parece-me tão desproporcionada como disparatada, porque se o que pretendem é pôr em relevo a sua luta por um mundo melhor, não é danificando ou destruindo aquilo que ainda o vai tornando humanizado a melhor forma de o fazer.

 

As obras de arte que estes pretensos ecologistas escolhem para danificar são património da humanidade, produzidas por artistas que tiveram vida miserável, quantos deles às sopas de “mecenas” que os desprezavam como pessoas, dificuldades que estes “brincalhões” nunca passaram nem imaginam poder vir a passar.

 

A ecologia fica nos antípodas do terrorismo, mas o que estes activistas fazem não é outra coisa senão terrorismo. De cara descoberta, com o slogan “just stop oil” nas camisetas brancas, despejando calda de tomate sobre “Os Girassóis”, expostos na National Gallery, não me parece que tenham criado muita simpatia para a sua causa, que é também a causa de muita gente que não precisa para isso de estragar seja o que for; de facto, se o tivessem feito despidos na praça pública, besuntados com crude, teriam despertado uma atenção mais solidária...

 

Amândio G. Martins

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