Não era preciso que comentadores como João Miguel Tavares ou Francisco Mendes da Silva nos viessem demonstrar, no PÚBLICO, como o PS se encosta deliberadamente à direita do nosso espectro político. Para constatar tal evidência, bastar-nos-ia contemplar o regozijo patente em alguns círculos por ocasião da celebração do acordo de concertação social até 2026, com os patrões e alguns sindicatos, ou antecipar os efeitos reais e inevitáveis (não os propagandeados pelos ministros) das medidas do Orçamento do Estado proposto para 2023. Pós-pandemia, guerra e inflação são papões suficientes para que todas as trombetas do “bom-senso” nos martelem os ouvidos com os perigos que nos espreitam. Logo, para que o nervosismo dos “mercados” não faça disparar os juros, o melhor, dizem “eles”, é conter salários e pensões, quanto mais não seja para evitar uma espiral inflacionista, em que nem todos acreditam, como nos explicou Teixeira dos Santos, em entrevista ao PÚBLICO, em 24 de Setembro. De facto, a inflação continua imparável, e não há notícias de que os seus causadores tenham sido os (inexistentes) aumentos de salários nos sectores produtivos.
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
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