quinta-feira, 14 de novembro de 2019


Moedas para todos os gostos...


Quando o Facebook anunciou o lançamento da sua “moeda”, a jornalista espanhola Mamen Mendizábal perguntou ao professor Gonzalo Bernardos, da Universidade de Barcelona e comentador de temas económicos do canal “La Sexta”, o que pensava ele daquela iniciativa, se tal moeda poderia merecer confiança.

Brincando um bocado com aquilo, o prof. Bernardos colocou à jornalista a questão desta forma: “Usted me aceptaria unos “bernardos”, mi moneda, la acabo de acuñar”? Depois dissertou  acerca da confiança indispensável à circulação de qualquer moeda, que só um Estado credível pode garantir, nunca uma empresa privada, por poderosa que seja.

Todavia, diz-se no JN, têm aparecido um pouco por todo o lado, por cá também, papel-moeda de fidúcia e uso restritos, “subsidiárias” do euro, dólar ou de qualquer outra moeda reconhecida, dependendo do país, e que podem ser de grande utilidade na dinamização do comércio local e na promoção da economia circular, estando previsto para abril de 2020 um congresso mundial em Barcelona, onde serão trocadas experiências do que já se vai fazendo...


Amândio G. Martins

4 comentários:

  1. Confesso a minha ignorância técnica, mas está bem na linha do "cada cabeça sua sentença" actual...

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  2. Para que qualquer moeda possa circular, o elemento fundamental é a confiança. Efectivamente, só os Estados (e, mesmo assim, pode haver surpresas) a pode conferir. Eu nunca compraria qualquer moeda do Facebook ou de quem quer que seja. No entanto, em casos especiais, como os lançados por entidades credíveis, designadamente autarquias (com intuitos de beneficência, culturais, regionais ou similares), já me atreveria a comprar alguma que, fácil e rapidamente, pudesse gastar. Ainda assim, muito cuidado com reproduções ilegais: há fotocopiadoras potentíssimas e outras formas de falsificação. Se falarmos em moeda virtual, logo se vê que os perigos se multiplicam.
    Apesar de tudo, quem nunca comprou papel-moeda só circulável, por exemplo, nas feiras medievais?

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