terça-feira, 26 de novembro de 2019


Predadores


Nem sentimos a falta de músicos
Na bela orquestra da Natureza
A tal vai a estéril avareza
Como se por cá fôssemos únicos...

Uns meros ocupantes abúlicos
Em tempo de terrível incerteza
Já só olhamos a cama e mesa
Como desalmados seres lúbricos.

Quanto mais demorarmos a perceber
Que é mau o que andamos a fazer
Mantendo irresponsável desleixo;

Sendo a espécie mais predadora
Não teremos para aonde ir embora
Quando tudo saltar fora do eixo!


Amândio G. Martins

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