Leque salarial
demasiado aberto aos gestores de topo
Evidentemente que têm –
sempre - que haver diferenças salariais entre o topo e a base dos colaboradores
de todas e quaisquer instituições, públicas ou privadas.
Evidentemente que
somos todos diferentes e ainda bem. Nascemos diferentes em sexo, cor de olhos, cor
da pele, tamanho, tudo nos faz diferentes. Mas somos o que de melhor há na
Terra, Pessoas.
E, numa qualquer
hierarquia- algo que tem sempre que existir apesar de muitos fazerem tudo para
quem tal não aconteça -têm que haver forçosamente diferenças, de mando e
salariais, não deve haver medo de “chamar os bois pelos nomes”!
E o topo tem,
evidentemente, que ser mais bem remunerado que a base. Ninguém disto com algum
bom senso, irá duvidar. Claro que convém que no topo estejam Pessoas capazes,
competentes e que lá tenham chegado por mérito e não por cunha, até para não
estragarem instituições, como muito nos acontece.
Porém as diferenças –
salariais - devem ser “diferentes” mas nunca exageradas. E não deverá haver uma
diferença tão grande, tão grande que pode roçar o “exagero” e até dar a
sensação de injustiça social.
Claro que se pode
alegar que havendo muitos desempregados, estes para terem emprego têm que se sujeitar.
Claro que se pode alegar que sendo dono – patrão!- da “empresa” tudo se pode
fazer.
Pode-se alegar o que
bem a cada convier e apetecer. Mas, não deixa de ser algo desesperante
confrontarem-se diferenças tão “diferentes”.
E no ano de 2015 cá, neste
nosso País, em algumas empresas privadas – claro serão privadas, mas mesmo
assim - os Directores Executivos receberam mais 60 vezes que a maioria
dos “seus” trabalhadores.
Convenhamos que é
demasiado. Não se trata de modo algum de invejar o senhor/senhora que está no
topo da pirâmide, mas antes sentir que há diferenças, mas que não podem ser
tão, tão desproporcionadas. Talvez até 20 vezes, mais, já seja muito bom. E, o
resto se for distribuído mesmo que muito pouco, por toda a parte descendente da
pirâmide talvez soe melhor. Talvez seja mais adequado, e essencialmente é muito
mais humano. E ético. E moral!
Não parece justo numa
mesma organização, haver diferenças de 60 vezes mais para um ou dois e 60 vezes
menos para a maioria. Será por certo demasiado diferente, demasiado
desmotivante.
E talvez devêssemos
todos, nisto pensar. E essencialmente os próprios, que recebem 60 vezes mais!
Em vez de se andar aos berros a exigir 35 horas de trabalho semana e ficar nas
40 horas, ou passar àquelas, mas com mais qualidade de cada um, e no tempo de
trabalho “fazer só trabalho” e nada mais que trabalho. Logo, mais reenumeração
e claro mais e melhor trabalho.
Augusto Küttner
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