O Reino Unido zarpou da UE e remeteu-se às suas ilhas, para
não ser ‘bife para ser comido de cebolada’, como diz a voz do povo.
E um partido português, e bem, porque faz parte integrante
da nossa democracia, ‘ameaçou’ que, se o ‘cutelo de Bruxelas’ pairar
perigosamente sobre Portugal e for levado avante por parte dos burocratas
europeus, o povo português deve reflectir seriamente se quer ou não sair também
da UE.
Todavia, como o referido partido – o BE – tem dirigentes que
não viveram o passado cinzento de Portugal: Estado Novo e a Guerra Colonial,
peço-lhes que perguntem aos concidadãos mais velhos o que era Portugal antes de
entrar para a UE.
E sabem mais! Não foi só a UE que nos colocou amargos de
boca. Foram as más governações nacionais que recebendo rios de dinheiro o
empregaram em obras megalómanas que não criaram mais-valias; pelo contrário, obrigaram-nos
a arcar com despesas incomportáveis face à nossa débil Economia, porque, entretanto,
foram desmanteladas todas as indústrias produtivas que geravam riqueza, para
passarmos a depender essencialmente do exterior. Exemplos: quer uma agulha para
colocar um botão e importa-a da China; quer pôr uma vela na campa de um ente
querido e ela vem da Polónia; e, assim, sucessivamente.
E eis a uma pergunta sacramental feita a esmo: o que é que
faz? Resposta: compro tudo feito! O que é bem elucidativo.
De um modo geral, passamos a viver como uns nababos sem
deixarmos de ser uns pés rapados. Passamos a tudo exigir sem, por
contrapartida, termos nenhuma obrigação a cumprir. Isso, de observar! É com os
outros!
Portanto, a culpa é só nossa, porque colocamos no poder de
todas as decisões gente muito impreparada, com muitos corruptos à mistura,
ladrões de casaca e toda uma súcia de mal-intencionados, os quais, em vez de
servirem o País e os seus cidadãos, mais não têm feito do que tudo saquear em
proveito próprio.
Resumindo: o mal não está nos outros! Está em nós!
José Amaral
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