sexta-feira, 17 de junho de 2016

JO COX

Tinha 41 anos.
Era casada.
Tinha dois filhos pequenos.
Chamava-se Jo Cox.
Alguma vez tinham ouvido falar dela ?
Pois, eu também não.
Foi ontem assassinada no Reino Unido quando defendia, enquanto deputada do Partido Trabalhista, a manutenção do Reino Unido na União Europeia.
Foi ontem assassinada por defender uma causa.
Foi assassinada por ter tentado intervir numa rixa de rua entre partidários do "Stay" e do "Brexit".
Foi baleada e esfaqueada.
Não resistiu aos ferimentos.
Mais uma vez , o ódio levou a melhor.
“A Jo acreditava num mundo melhor e lutava por isso todos os dias. Ela gostaria mais que tudo que duas coisas acontecessem neste momento: primeiro que os seus filhos sejam inundados de amor, e em segundo que que todos unidos consigamos combater o ódio que a matou. O ódio não tem crença, raça ou religião, é venenoso”, disse Brendan Cox ( marido ), citado pelo “The Guardian”.
Curioso ou talvez não, o facto deste triste episódio ter acontecido na denominada, mais antiga democracia do mundo.
Ainda que tenha sido um episódio esporádico, a verdade é que esta mulher morreu enquanto defendia causas em que acreditava, e isso, nos dias que correm parece ser um valor em vias de extinção na bendita Europa dos pactos de estabilidade onde estamos inseridos, e onde o dinheiro se sobrepõe sempre às pessoas, intoxicando as mentes.
A fazer fé nas palavras do marido, ela tentou fazer a diferença por dentro do sistema.
Pagou caro a ousadia.
Não sei que Europa é esta, mas não gosto dela.

Graça Costa

1 comentário:

  1. Como tantas mulheres, que acreditando num mundo melhor, carregam a vida até ao momento em que perdendo a coragem se atiram das pontes, levando os filhos no colo...

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