O meu lenho é sal e
água
Lancei o meu barco ao mar
Numa praia tão distante
Não o posso comandar
E o barco navega errante
O meu lenho é mar e sal
Percorrendo o mar profundo
As saudades e a mágoa
Dão consigo a volta ao
mundo.
Se essa nave aportar
Num ponto de salvação
Decerto poderá dar
Mais justiça, amor e pão!
Meu veleiro é sonho puro
Foi construído na `sperança
Tem presente e tem futuro
Revê-se numa criança
Quem essa nau encontrar
Encaminhe-a para o cais
Para que possa atracar
E não se perca jamais.
Joaquim Carreira Tapadinhas, Montijo
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