Os muros de todas as nossas desgraças colectivas tentam
sempre ocultar os nossos telhados de vidro, que são autênticos borrões,
espelhos das nossas pesadas consciências, manchadas por erros que nunca
deveríamos ter feito, ou mesmo neles termos pensado.
Assim foi com o Muro de Berlim que desapareceu para dar
lugar a novos muros de lamentações mil, aonde os nacionalismos exacerbados e os
populismos instituídos vão originando ‘guerras santas’ lá para as terras da
Hungria, Sérvia e Áustria, enquanto a Velha Albion está a erigir em solo
francês – junto ao porto de Calais – o seu muro da vergonha.
Entretanto, nós, os ‘bons’ desta desunida Europa, olhamos
para o outro lado do Atlântico, onde Trump – o mau da fita, o cowboy dos cowboys
e cowvacas – quer armar ainda mais o povo do tio Sam e promete – caso venha a
ser eleito presidente de todas as cowboyadas – erguer também um muro de trumpa
ao longo da fronteira com o México. E tudo em nome da sua mui propalada ‘superioridade
moral americana’.
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.