As acentuadas desigualdades sociais, nos últimos quatro anos, deram origem a que milhares de crianças fossem para a Escola com o estômago vazio! O que se pode
apreender com fome? - Pouco mais que nada. Hoje, esta medonha injustiça está arredada. O mês de Setembro, para centenas de milhar de
famílias com filho(s) a estudar é um forte problema de complicada resolução. A realidade actual assemelha-se à dos anos 1960. Enquanto estudante, sendo filho de operários, minha Mãe ginasticava o parco provento para me comprar os livros escolares:" Se te compro os livros todos, faltará a sopa p'ró prato(!)", dizia emocionada. Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, foi justo, negociando com a APEL o congelamento do preço dos livros no presente ano, acertando a entrega de livros gratuitos para o 1º ano, na condição de serem devolvidos e determinou que esta modalidade se venha a estender a toda a escolaridade obrigatória. Saúde-se a reutilização dos manuais escolares, num país onde, maioritariamente, as famílias têm grandes dificuldades económicas. Temos um rendimento per capita inferior aos países do norte da Europa e França, estes com bons hábitos de reutilização e nós acorrentados a duas editoras (porquê?) que continuam a ganhar €milhões com os livros escolares, estando contra a reutilização - pudera! Registe-se que este ano se gastará um pouco menos no regresso ás aulas.
A Constituição da República Portuguesa determina no seu artigo 74º, alínea a) assegurar o ensino básico obrigatório e gratuito. Cumpra-se a Constituição na plenitude!
artigo de opinião da autoria de Vítor Colaço Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.