O tempo de uma pátria dita independente já lá vai. Agora,
vive-se numa pátria exageradamente subsidiodependente, em que tudo é subsidiado,
mormente para não se fazer nada, o que dá uma grande canseira do tipo do arco-da-velha.
Portanto, não admira falar-se de crispação, completamente
mal aplicado o termo, mas os iluminados políticos desta época das luzes ao
fundo do túnel usam tal vocábulo a torto e a direito e sempre que lhes apetece
rematar uma situação difícil de dirimir entre consortes da mesma baixa política.
Então, o profeta de todas as desgraças, de seu nome Pedro
Passos Coelho, é uma verdadeira caixa de Pandora, aspergindo todos os males sobre
o país, para de seguida termos a deusa da caça e dos bosques, que dá pelo nome
de Assunção Cristas, que começou a erguer a crista, numa arrogância que raia o
caciquismo centrista.
Resumindo e baralhando: sem pactos saudáveis, sem consensos
honestos e credíveis, as continuadas trafulhices continuarão a dar cabo da
nação, pois já há muito tempo que os seus habitantes andam a comer o pão que não
semearam. Tenho dito.
José Amaral
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