Este título jornalístico diz respeito à sempre enjeitada
Ponte do Infante, que liga Gaia/Porto, que não tem calafates à altura de lhe
taparem tantos buracões.
Este continuado e esburacado assunto, que dura mais que a
pilha alcalina de uma propalada marca publicitária, é bem o exemplo gritante do
negativismo acerca do retalhamento autárquico do país, com patrões, patrõezinhos,
caciques e todo o género de gosmas por tudo quanto é sítio, muito pior que uma
praia apinhada em dias de verão, uma vez que todos estes gamelistas dão-nos uma
despesa pública cada vez mais incontrolável.
Então, aqui está a solução, e para a ponte também: o dito
Grande Porto deve ter só uma Câmara Municipal, assim sucedendo com a Grande
Lisboa, e assim, sucessivamente.
Há câmaras a mais; existem outras autarquias que não têm
pernas para andar, pois nem uma vivalma têm.
O que precisamos é de lojas do cidadão dispersas por todo o
país. O resto é paisagem – sem incêndios –, evitando-se assim a voragem constantemente
acelerada dos bens públicos.
Não sabem já que, com tanto retalhamento, é como ‘dividir
para reinar’ e roubar?
E já deveriam também saber, senhores de todos os poderes e
de poleiros mil, que o latifúndio é muitíssimo mais rentável que o minifúndio? Portanto,
para quê termos um país tão retalhado?
Assim, senhores autarcas, autarquistas e demais
malabaristas, se ‘grão a grão a galinha enche o papo’, o fundo comum da nação,
a dar tanto grão a quem não o granjeia, fica sem dar o pão a quem bem o merece.
A Bem Mal da Nação por tanto mau despesismo e incúria colectivizadora.
José Amaral
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