Continuo muito indignado, apesar de termos um governo que
correu com o passado ideológico de cerca de quatro décadas. Todavia, verifico
que os pobres continuam a não ter a voz que os defenda de todas as
arbitrariedades a que permanentemente estão sujeitos, tendo em conta a sua deplorável
situação de dependência.
Assim, grito a plenos pulmões a minha indignação ao ouvir os
políticos que cantam hossanas pelo aumento de 1,6 euros nas pensões mais
miseráveis, enquanto outros queriam aumento para todas, seja qual fosse o
montante máximo dessas pensões.
E ainda é mais grave existirem políticos do leque governamental
apoiarem e outorgarem descaradamente os elevados vencimentos da nova glutona administração
da falida CGD. O caso não é somente perigoso, como raia o crime financeiro,
face à desgraça e falência colectiva do povo que os sustenta.
Portanto, ou esta ‘geringonça’ arrepia caminho, ou eu deixo
de ser canhoto.
José Amaral
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