O
que foi um dos maiores e mais prestigiados bancos deste país, o
antigo Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (BESCL), depois
Banco Espírito Santo (BES) e agora Novo Banco, foi hoje vendido a
custo zero, ou seja,foi dado, ao fundo norte-americano Lone Star. Um
fundo considerado abutre. Que significa; pretende rentabilizado ao
máximo e depois vendê-lo todo ou em parte. Tudo o que vier é
lucro, uma vez que se houver prejuízos, quem os suporta somo nós,
contribuintes, através do Fundo de Resolução, o Estado.
É
lamentável e um crime de lesa-pátria que mais um banco, e desta
dimensão, chegue a esta desgraça. Uma suculenta e enorme presa para
os abutres do Lone Star. Mas estes, não são os únicos abutres!
Antes,houve outros a abocanhá-lo. A debilitá-lo. Foram os seus
antigos donos. E foram os que lhes permitiram. Os governadores do
Banco de Portugal, principalmente o atual e os sucessivos governos,
nomeadamente o do PSD/CDS.
Pelo
menos uma boa parte dos sectores vitais da economia nacional, onde
deveriam incluir-se alguns bancos, deviam ser públicos e bem
geridos, evidentemente! Essa estória de que o Estado é mau gestor,
não passa de um mito propagado pelos que preconizam as privatizações
e delas beneficiam. Portanto, o BES ,nunca devia ter sido
privatizado. Devia estar ao serviço do povo e do país. Assim não
pensaram os partidos do chamado arco do poder PS,PSD E CDS. E mesmo
agora, poderia ser nacionalizado. Poderia, mas a União Europeia,
gerida pelas famílias políticas destes três partidos, para isso,
impõe condições draconianas quase impossíveis de cumprir. Ou
seja, não quer. E ela é que manda e os tais três partidos
obedecem. Enquanto assim for, não saímos desta apagada e vil
tristeza. Como sempre,a solução ,está nas mãos do povo.
Francisco
Ramalho
Corroios,
31 de Março de 2017