Já são 28 os arguidos no arrastado caso baptizado com nome mui nobre -
"Operação Marquês". Nele constam outros nomes mui nobres, celestiais
e filosóficos, mas talvez pouco leais. Vinte e oito são também o número de
cartas para se jogar o pocker sintético. Jogo que goza de alguma elasticidade e
muito bluff, e que também mete, reis, valetes, damas e ases, que permitem
constituir, street flashes máximos, vencedores, até à última carta a cair na
mesa verde aveludada. O apostador experiente, é que conduz a aposta, com maior
ou menor frieza. Na "Operação" em curso, quem conduz o jogo são os
Procuradores, que procuram as ligações perigosas, as "asas de mosca"
imbatíveis, que garantam vencedora, a aposta em que também participam. Para
isso contam com tempo e paciência. Para isso contam com uma Procuradora, que
resiste aos ataques da defesa, que dizem que o que está em jogo "não é o
da Joana - Marquesa de Vidal, mas o da Lei", e esta não pode prorrogar
prazos à sua vontade e medida. O jogo termina quando a última cartada está
leiloada, e não serve, baralhar e recomeçar tudo de novo, até que saia a carta
que nos falta para fazer uma sequência condenatória do jogador que reclama
inocência e vitória, e que está sentado à volta das fichas que a Justiça tem
para se manter em jogo, agora viciado, por incumprimento do disposto no
regulamento legal. Ninguém pode ficar suspenso num jogo com prazo para fazer os
lances que tem em mãos limpas. Nenhuma pessoa pode estar com a família sob
julgamento que não tem fim nem moral para se eternizar, e juntarem-se à volta
da mesa da sala de jantar e confraternizar. Os Procuradores, devem-se culpar
por viverem num "rosário", e estarem obcecados, presos e afastados ao mesmo tempo, do baralho que
criaram e se enlearam. Foram a jogo com fracos naipes, e entraram mal no
leilão. A última carta, rogatória quanto esperada, nunca mais saíu, e eles não
fecharam a partida. Querem que se dê de novo. Mas isso só pode ser consentido,
se à volta da mesa se sentarem quem esteja disposto a entrar no jogo, com
espírito colaborador. O que não nos parece. Excepto expulsar a Justiça da mesa
manchada de incompetência!
Melhor não saberia escrever, pondo na mesa tão sapiente opinião, que me parece ser a VERDADE dos factos.
ResponderEliminarUm sincero abraço ao fazedor-mor desta obra-prima, ou não fora escrita por um vera Pena Fiel.
O texto do Joaquim Moura é bom mas as ilações retiradas não me parecem tão evidentemente certas. Expulsar a Justiça?! Mas então... o Salgado, o Granadeiro e outros com tudo o que significam, são salvos por prazos e direitos que nunca respeitaram a muitos de nós?! Entendo e respeito os direitos mas o processo foi-se "enchendo" e termina somente porque a lei tem prazos?! Aceito que o método de querer julgar um monstro em vez de o "cortar em fatias" foi má estratégia mas quero vê-los no tribunal, julgados e sentenciados. Culpados ou inocentes, isso depois vê-se.
ResponderEliminar