quarta-feira, 29 de março de 2017

Derrotas da selecção

As derrotas da Selecção contra a Suiça e Suécia, que nem sequer são potências do futebol europeu, evidenciam um facto: em França, tivemos mais sorte do que mérito. A própria Crítica francesa punha em causa a qualidade do futebol praticado pela equipa de todos nós. Não era uma embirração com o nosso país. Era por ser verdade. Comparo Fernando Santos a Rui Vitória - dois treinadores com sorte, mas com pouco futebol. São dois pés- quentes, como se diz na gíria desportiva. Jogam para o resultado, não para o espectáculo. O mesmo se diga de Mourinho. Tem um futebol feio e é um resultadista por excelência, se bem que  o seu mérito e valor sejam indiscutíveis. Nuno Espírito Santo situa-se numa posição intermédia. O treinador português que tem o futebol mais bonito é Jorge Jesus. Joga para o resultado e espectáculo. Está a ganhar 3-0 e procura o quarto golo. Mas, como não há bela sem senão, só sabe atacar, não defende. Daí que, por vezes, tenha o pássaro na mão e deixe-o fugir. 

Simões Ilharco

8 comentários:

  1. Só repararam na beleza do futebol de Jorge de Jesus, após algumas dezenas de anos de treinador obscuro, e só a partir de ir para o Benfica, onde jogavam alguns dos melhores jogadores do mundo e, mesmo assim, nos quatro primeiros anos, ganhou apenas um campeonato. Quanto à selecção é verdade que foi bafejada pela sorte e que o seu futebol não encanta ninguém. Mas é a vida, e o jogo tem no acaso a sua principal componente.

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  2. Mas, então, só o que é dos outros é que é bom? O 'nosso' não vale nada?

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  3. O que é nosso, se for bom, deve ser tratado como tal, mas se for mau deve ser tratado como exactamente é, pois só assim há justiça e esperança nas melhorias. Muitas vezes as claques destroem a realidade e isso não só é mau, como é péssimo.

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  4. é no mínimo um pouco de miopia, comparar Fernando Santos e Rui Vitória ao Mourinho...

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    1. O que diz não é verdade . Se ler com atenção , tenho o cuidado de dizer que o mérito e o valor do Mourinho são indiscutíveis, mas não digo o mesmo do Fernando Santos e do Rui Vitoria .

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  5. Não se esqueça que o Jesus no Benfica quebrou a hegemonia do Porto no futebol português .Foi ele e não o Vieira .E esteve em duas finais europeias , uma delas só perdida devido aos erros da arbitragem .

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  6. As quebras de hegemonia são temporais. Em determinadas épocas o Benfica quebrou quebrou a hegemonia do Sporting, depois, o Porto superou o Benfica e nos últimos anos o Benfica recuperou. Para tudo isto concorrem directores, equipas técnicas e jogadores e muito dinheiro investido. Só que no Porto a comunicação social atribui os louros a Pinto da Costa e no Benfica fala-se no Jorge de Jesus. É a vida, mas isto de pois de espremido, pouco vale.

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    1. Onde digo temporais, quero dizer temporárias, porque as pressas, às vezes, dão nestas coisas. Também repeti a palavra "quebrou", e onde escrevi "de pois", substituo por "depois".

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