A
IMPORTÂNCIA DOS JORNAIS E A IMPORTÂNCIA QUE ELES NOS DÃO
Caros
companheiros e companheiras de escrita
Ilustres
convidados
Com
o advento da Internet e respetivas redes sociais,nomeadamente do
Face Book, os jornais perderam influência. Perderam influência, mas
não perderam importância. E não a perderam, em minha opinião,
porque é mais importante, mais credível, a informação e a opinião
veiculadas por eles, que pelas redes sociais. Porquê? Porque nestas,
para além de alguns textos bem escritos e bem intencionados, há
muita palha. E até, muito lixo. Ou seja, muita coisa que espremida
não dá nada, e tanta outra, que não passa de mero disparate e
descarga de frustrações e insultos torpes e gratuitos.
Evidentemente
que nos jornais e revistas (e não me refiro às cor de rosa, que
essas nem sequer são para aqui chamadas...), nem tudo é bem
escrito,verdadeiro e bem intencionado. Mas, pelo menos, a linguagem
desbragada e ofensiva que prolifera nas redes sociais, não é
permitida. Portanto, o nível da imprensa escrita é bastante
superior. Daí a minha convicção da sua continuada importância.
Falo na imprensa escrita, e poderia falar ,em grande parte dela,
também publicada eletronicamente,e de tão fácil acesso, bastando
um “simples” telemóvel, ou qualquer outro computador portátil.
Mas continuo a preferir os jornais e revistas em papel. Apesar de
tudo, continuam ainda a ser mais acessíveis para todos. Sobretudo,
para quem, que por algum motivo ,não utiliza as novas tecnologias.
Portanto,
quanto à importância dos jornais, mais haveria para dizer. Mas,
porque o tempo é precioso e limitado, e porque a importância que
eles nos dão é tão pouca, que é preciso mais tempo para o
exemplificar,embora todos nós tenhamos essa experiência.
O
exemplo mais ilustrativo e radical dessa tão pouca importância que
nos dão, foi o de pura e simplesmente suprimir totalmente o espaço
que desde que me lembro, o emblemático e secular “Diário de
Notícias” reservava aos seus leitores. Mas quase todos os outros
também reduziram, alguns drasticamente, tal espaço. Por exemplo, a
revista “Notícias Magazine” que disponibilizava 4 ou 5 páginas,
atualmente reserva uma mísera coluna. Tal como a Visão. Honra seja
feita ao “J N” que continua com uma página inteira para esse
fim, e divulgou durante alguns dias este nosso encontro.. Outro
exemplo bem elucidativo, é o facto da nossa companheira e
dinamizadora destes nossos encontro, a Céu, ter enviado pedidos de
divulgação deste evento ao JN, DN, Expresso, Publico, I, Destak e
TSF e apenas o Jornal de Notícias o ter feito.
É
conhecida a crise por que passa a imprensa escrita, devido à
Internet e não só. Mas será compreensível e justo serem os seus
mais dedicados leitores/colaboradores a pagar a crise? Que é como
quem diz, a própria democracia? Sim,porque são eles a voz do povo.
E calara voz o povo, ou pô-lo a “falar” baixinho e tornar menos
pluralistas os jornais, é prejudicar gravemente a democracia.
Somos
ainda prejudicados, tal como a própria democracia, caros
companheiros e companheiras da palavra escrita (como costuma dizer no
nosso blogue “ A Voz da Girafa”, um ilustre ausente, o nosso
amigo José Amaral), somos ainda prejudicados, dizia, não só pela
redução mais ou menos drástica e generalizada do espaço das
“cartas do leitor”, somos também pela sonegação e por cortes
do que escrevemos.
Para
não me alongar mais, termino com este exemplo: o jornal “O
Seixalense”, onde sou colaborador, numa recente edição, um artigo
de minha autoria, é publicado em duas páginas .Numa delas,
subscrito naturalmente por mim, e na outra, assinado por outro
cronista do jornal. Na edição seguinte, o lapso foi corrigido,
sendo de novo o meu artigo e o do outro colaborador publicados na
mesma página com o respetivo ( que não olhávamos a isso), pedido
de desculpas a ambos. Pois bem, também numa recente edição(10
deste mês) de um jornal de expressão nacional onde escrevo
praticamente desde a sua fundação e que é uma respeitável
tribuna para os seus leitores ( no melhor pano cai a nódoa), o
“Destak”, aconteceu mais ou menos o mesmo: um artigo meu,
subscrito por outro leitor, o Zé Amaral. Evidentemente que errar é
humano. Só não erra quem não faz. É natural. Agora será também
natural que esse erro não só não seja corrigido e nem sequer uma
simples palavra de satisfação seja dadas aos visados?
Fico-me
por aqui que o tempo urge e ele é precioso para todos. Termino
mesmo, dizendo que apesar de tudo, claro que não vamos desistir. E
desanimar, jamais!
Até
pró ano!
Francisco
Ramalho
Lisboa,
26 de Março de 2017
PS-
soubemos depois que o Publico e o Clube Português de Imprensa
também divulgaram o nosso encontro.
Caro Francisco, também enviei um artigo aqui publicado, para o Páublico e Expresso, como faço habitualmente, e desta vez ZERO. É a vida, dizia o outro. Temos de apostar neste nosso blog e desenvolvê-lo, como discutimos no nosso Encontro. Abraço
ResponderEliminarManuel , saiu uma carta sua no Público no dia 27 , a que me havia enviado antes do Encontro. («É difícil escrever sobre um dos meus hobbies...")
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