O mundo actual está em mudança exponencialmente acelerada em
todos os seus vectores existenciais, em que o desregramento de todas as normas
e práticas existentes é considerado normalíssimo, tendo em conta o
incontrolável alfobre tecnológico que todos os dias faz germinar o que há
momentos era impensável a sua existência.
Então, no mundo laboral, o desnorte é cada vez mais profundo.
E, quando se confrontam o sector público e o privado, o ranger de dentes atinge
o clímax de mal-estar sectorial.
Portanto, mesmo tardiamente no nosso entender, o BE quer
limitar o máximo e o mínimo dos vencimentos, que as empresas privadas podem e
devem pagar.
Mas, logo nos dizem que pode ser inconstitucional tal
demanda; todavia, quando somos todos a pagar por todos os desmandos que raiam o
crime, não é inconstitucional?
Nós, vulgares cidadãos deste esmifrado país sugado pelo
topo, já há muito que advogamos tais normas moderadoras. Contudo os liberais,
defensores do impiedoso capital e dos seus paraísos fiscais, isso não querem e
tal arrenegam. Defendem, isso sim, que o privado pode pagar o máximo que quiser
e o mínimo que é obrigado a desembolsar. Isto é, podem depenar as empresas, para
depois o contribuinte pagar pelos criminosos actos e banquetes que nunca cometeu
nem comeu.
E como nota final de tal desregramento vos digo que as oito pessoas
mais ricas desta aldeia global têm tanto que a metade da população mundial mais
pobre: são oito bocas para 3,6 biliões.
José Amaral
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