sábado, 25 de março de 2017

A IRMANDADE

"Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com tanta afeição, ao irmão Sol, à irmã Lua, ao irmão rio e à Mãe Terra." (Papa Francisco)
Como tudo poderia ser tão belo. Como poderia ser uma irmandade, um banquete permanente. Como poderíamos viver em harmonia uns com os outros, com os animais, com o sol, com a lua, com a Mãe Terra. Em vez disso ouço conversas repetitivas sobre apostas desportivas no café. Em vez disso observo a intriga e a luta pela existência. No entanto, como diz o Papa Francisco, há algo que nos une- o amor, um caminho comum. O amor trava uma batalha com o ódio. Uma grande batalha. Na maior parte das vezes, o ódio tem levado a melhor. Nós, os amantes da vida, combatemos os inimigos da vida. E gostamos de copos e mulheres, ó holandês. Sim, da felicidade, da alegria, não da morte, não da finança. E vamos levando esta vida de pensadores e poetas, com passagens pelo palco. E vimos até ao café da Vera, onde há boa gente. Gente que celebra. Sim, algo nos une. Algo de muito forte. Desde Homero, Sócrates e Jesus. Desde os xamãs das cavernas. Sim, isto não é só comer, beber e trabalhar. Há algo de espiritual muito poderoso. Não sei se é Deus, se são os deuses, se é o super-homem. Mas existe algo. Um poder divino. Que, por vezes, o vinho ajuda a manifestar-se. Tal como a Renata. Bela, que traz o vinho.

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