O voto popular escolheu Trump. O voto popular escolheu Recep T. Erdogan (51, 5%). O voto popular escolherá, com muita probabilidade, Marine Le Pen no próximo dia 23.
Votaram em Trump e, não obstante, é o presidente dos EUA " mais impopular de sempre".
Trump e a Mãe de Todas as Bombas. Trump eleito pela maioria dos americanos, "bombardeou a Síria sem consultar a ONU"... Não nos devemos preocupar?
Teresa de Sousa receia também pelo "cenário fatal de uma vitória de Marine Le Pen, a candidata que promete tirar a França da Europa e do euro e que voltou a tocar no tema proibido do destino dos judeus em França , durante a guerra".
Esther Mucznik, também se assusta com o caminho perigoso delineado por Le Pen que instrumentaliza a história ao serviço dos seus objetivos políticos, branqueando "a responsabilidade coletiva" falsificando a história, esquecendo os feitos menos gloriosos (o regime de Vichy).
Há pouca confiança nesta Europa... Como escreveu David Dinis no passado dia 11, "pela primeira vez na história da Europa moderna, uma campanha divide-se precisamente na questão europeia, questionando o euro, o mercado livre e as regras de integração (ou de afastamento)."
Era bom que, na hora de votar, os franceses não se esquecessem que Le Pen "fez uma má campanha, fracassou nos debates", perseguida poe escândalos, que "perdeu a dinâmica", "corre riscos" , tal como a "sua FN" (Jorge Fernandes).
Álvaro Vasconcelos escreveu que devemos preocupar-nos com essa guerra que já é real e mundial. Pergunto-me como podemos nós exigir (como ele apela aos leitores do Público de 11 de abril) "que o Conselho de Segurança assuma as suas responsabilidades para travar todos os crimes contra a humanidade " e " que os Estados da União Europeia assumam que a defesa da vida dos sírios é uma responsabilidade comum e que a Europa não pode continuar à espera dos americanos (...)".
Erdogan saiu reforçado. O seu povo quer ser liderado por ele. E ponto final. Não votaram numa democracia, antes numa "autocracia". Os turcos vão deixar Erdogan "nomear juízes sozinho, abolir o cargo de primeiro-ministro, e até a candidatar-se a mandatos suplementares"! Os turcos esqueceram-se , no momento do seu voto livre , que o homem prendeu jornalistas, intelectuais e líderes da oposição, para não ir mais longe. Não devemos ficar preocupados?
A Europa tem que querer salvar-se e, de acordo com Rui Tavares, ter bem presentes todos os seus recursos "para cuidar de si".
Para terminar: A que tem levado o poder do voto popular?
Estou preocupada com o futuro da Europa e do Mundo (e da ONU, já agora)
A paz será impossível nestes cenários. E é a paz que queremos...
Publico (19/04/2017)
Nunca podemos pôr o voto popular em causa! Temos é que perguntar porque é que as pessoas votam assim. Queremos a paz mas também justiça. Difícil, concordo mas democracia sempre e liberdade igualmente. Autocracias, sejam elas teocracias ou laicas, é que não!
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