Trump continua imprevisível. Aliás, é imprevisível. Na mesma semana, repentinamente, fez duas coisas que ninguém esperava. Afastou Bannon (bye bye Steve?) do Conselho de Segurança Nacional e, em retaliação à hedionda agressão química de civis em Idlib, atacou forte e feio uma base síria. Se os factos têm alguma relação, não faço a mínima ideia, mas é bem possível. Quer isto dizer que Trump teve miraculosamente a revelação do que é ser presidente do país mais poderoso do mundo? Não necessariamente, receio que sejam apenas dois meros impulsos que podem, ou não, ter continuidade no futuro. O facto é que, no que respeita ao ataque, alguns países ocidentais aplaudiram ou, pelo menos, compreenderam complacentemente a atitude. Facto também foi que russos, iranianos e, é claro, o governo sírio (ninguém pediu opinião à Coreia do Norte...) protestaram, no que foram acompanhados, embora com argumentos diferentes, por muitos dos eleitores e apoiantes do actual presidente americano, como os homens do alt-right. E deu gozo ver a “lata” do criminoso Assad denunciar a violação das leis internacionais e da carta das Nações Unidas pelos americanos. Agora, fiquemos atentos e vamos a ver o que Trump nos reserva de mais surpresas.
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