Tenta parecer-se com isso, tenta ser. E é tão legítimo esse querer, tão certo esse esforço. Descobre que para o alcançar tem que correr menos e juntar-se a outros bocados de gente, esperar pelos últimos para se juntar aos primeiros.
Este bocado de pessoa vai-se construindo com o coser dos dias, com os metros percorridos sem esticar, com paragens imprevistas, com erros e acertos, até com sorrisos mal alinhavados. Vai-se bocadando, devagar, de encontro ao próximo bocado solto de pessoas remendadas. Issso implica um coser com linhas tão finas que o próprio tecido não sente e, contrariando a lógica, essas linhas tão finas não se enxergam de perto, precisam de ser olhadas à distância, só então, o bocado de pessoa aumenta, o bocado de pessoa cresce... e nasce o Homem!
Rolando Silva
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