O pior analfabeto é o
analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem
participa nos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de
vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda de casa,
do sapato, e do remédio dependem das
decisões políticas.
O analfabeto político é tão
burro que se orgulha e incha o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua
ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, reles, o corrupto
e lacaio das empresas
nacionais e multinacionais.
Dizia BERTOLT BRECHT, no seu empenho e acção política para modificar a
realidade social, através do desenvolvimento da consciência crítica das pessoas
e no combate à alienação.
Completaram-se no dia 10 de Fevereiro, 120 anos do nascimento de Bertolt
Brecht, na cidade alemã de Augsburgo. Escapando à violenta repressão, abandona
a Alemanha em 1933, após Hitler subir ao poder, tendo-lhe os nazis retirado a cidadania
alemã. Passa pela Checoslováquia, Suíça, Dinamarca, Suécia, Finlândia, União
Soviética e Estados Unidos da América (E.U.A.), onde se fixa na Califórnia,
tentando trabalhar em argumentos para Hollywood e escrevendo peças contra o
nazi-fascismo. Em 1947 sai dos E.U.A, iludindo os que pretendiam inclui-lo na
lista negra das actividades anti-americanas, na caça às bruxas no início do
macartismo contra a denominada ameaça vermelha. Já depois de sair dos EUA a
Academia Americana de Artes e Letras atribui-lhe um prémio por mérito
artístico.
Em 1949, Bertolt Brecht vai viver para Berlim-Leste na R.D.A., onde é
fundador da companhia de teatro Berliner Ensemble e onde morreu a 14 de Agosto
de 1956, a meio de ensaios de «A Vida de Galileu». Além desta, entre as suas
principais peças de teatro estão entre outras, «Um Homem é um Homem», «Mãe
Coragem e seus Filhos», «O Círculo do Giz Caucasiano» e «A Ópera dos Três
Vinténs».
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.