Há anos que assistimos aos resultados do ranking escolar, feitos duma amálgama de escolas públicas e de escolas privadas. Faz sentido comparar resultados escolares de alunos oriundos de famílias desestruturadas, com apoio social escolar, de baixa condição social, com défices alimentares (logo ao pequeno-almoço), com resultados de alunos, em suma - nascidos num berço de ouro? Pode-se avaliar com consciência de rigor, de seriedade e de igualdade de oportunidades estas duas situações? Ocorre-me os meus anos de estudante: Por um lado, pouquíssimos companheiros com explicadores privados, bem alimentados, bem vestidos e calçados - sem carências e a esmagadora maioria, filhos de operários e de (mal) empregados com fracos recursos económicos. Estes, carentes, nem de um quarto só seu podiam disfrutar, nas suas modestas habitações. Estes pelas suas condições, com resultados escolares fracos.
A generalização é estúpida!, mas os alunos têm uma classificação, maioritariamente relevante, que é directamente proporcional ao seu extracto social. Sei do que escrevo.
Pelo exposto, este ranking escolar pode ser tudo, mas não é, nem rigoroso, nem sério, nem igualitário. É querer comparar o incomparável!
Vítor Colaço Santos
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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Ranking escolar: Comparar o incomparável
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