quarta-feira, 27 de junho de 2018

A propósito de Carlos Queirós: uma proposta

No seguimento do Portugal-Irão muito se disse sobre o seleccionador iraniano de nacionalidade portuguesa. A última, ouvi-a hoje na Antena 1 pela boca de Rui Cardoso Martins, no programa "O fio da meada". Muito contundente e, confesso, abusiva, onde a  atitude e , sobretudo, o carácter de Carlos Queirós é deixado pelas "ruas da amargura". Mas as ilações sobre o homem aparecem de todo o lado e de todo o feitio, desde "braço armado do Islão" até "anti-patriota relapso", e por aí fora.
Para tentar evitar tudo isto, que é inevitável num mundo onde se misturam emoções e pulsões nacionalistas, algumas delas bem trágicas, tenho um proposta a fazer  que não me parece assim tão "bacoca", e que fundamento.
Se as selecções nacionais são constituídas por jogadores nacionais, nativos ou nacionalizados, e é por elas que nós vibramos como povo, por que não os seleccionadores serem, obrigatoriamente, igualmente da nacionalidade das equipas que treinam? Se os jogadores são maus, os resultados são maus ( e vice-versa) e com os seleccionadores passar-se-ia a mesma coisa, reflectindo o valor do país futebolístico ( ou doutro desporto) num todo. E assim o sadio nacionalismo futebolístico seria mais viável, em vez de andarmos a  misturar "alhos com bugalhos"  e sermos os "bons " cidadãos, enquanto exigimos a compatriotas nossos que treinam outros, que levem a "bandeirinha" portuguesa no bolso, nem sequer podendo pedir um "vermelho"  ao nosso ( e, obrigatoriamente, deles...) Cristiano Ronaldo. Para que não me chamem apátrida ou coisa pior, também acho que o CR7 não mereceu mais que o "amarelo"...

Fernando Cardoso Rodrigues

4 comentários:

  1. É o patriotismo futeboleiro no seu melhor. Então e o Scolari? Então e os 2,25 milhões que este ganha? Isto já não preocupa os patriotas futeboleiros. Já para não falar nas secas intermináveis que temos de gramar.

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  2. O Queirós foi igual a si próprio, coitado. Se repararmos bem, depois daquele sucesso com os miúdos, que já foi há séculos, nunca mais fez nada que se visse em lado nenhum. E o seu comportamento durante e após o jogo com Portugal mostra bem que é um homem ressabiado, cheio de "pedras no sapato" contra o seu país. E se onde está agora gostam tanto dele, os disparates que protagonizou tiveram por fim dar satisfação a quem lhe vai pagando o "pão com manteiga" do pequeno almoço...

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