“Incertidumbre”...
“Incertidumbre e luchas internas” é o que caracteriza a
situação actual no Partido Popular espanhol, após a saída de Rajoy pela porta
dos fundos – já assumiu o seu antigo lugar de funcionário público no Registo de
Propriedades - e a recusa do favorito presidente da Galiza, Alberto Feijóo, em
aceitar concorrer porque, segundo afirmou, assumiu com os galegos um compromisso que quer honrar
até ao fim.
Assim, e até agora, perfilam-se meia-dúzia de pretendentes
ao cargo, quatro homens e duas senhoras, embora daqueles, “quero” eu, não
rezará a história, já que o que poderia ter hipótese de ganhar o partido, Pablo
Casado, também está com problemas de credibilidade do seu “Master”, esse vírus
que não afecta só portugueses...
Das senhoras, ambas muito lindas e fortes, saídas de altos cargos
no partido e no governo e ambas com uma péssima relação pessoal entre si,
segundo se ouve dos comentadores espanhóis, Maria Dolores de Cospedal deu nas
vistas há uns anos quando, ministra da Defesa e “embaraçada”, passava revista às
tropas numa parada militar; Soraya Sáenz de Santamaria “fué vicepresidenta del
Gobierno” até há poucos dias, e ambas “se presentan para ganar, para ganar y
para ganar”.
Caso uma delas seja eleita – eu por mim “voto” nas duas – a outra,
dizem os comentadores, terminará a sua carreira política, já que se detestam mútuamente;
e será a primeira vez, na história do partido e do país, que uma mulher acede a
tão altos cargos, pois que, sendo o PP um partido de governo, quem ganhar o partido
chefiará o governo...
Amândio G. Martins
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