quinta-feira, 28 de junho de 2018

"Occupied": ficção vs realidade

A série televisiva "Ocupados" ("Occupied", na versão original), de que vai passando a segunda temporada na RTP2, causa-me "engulhos" desde que a comecei a ver, já aquando da primeira temporada.
Resumindo, fala dum controle da Noruega (!) pela Rússia, que se inicia no momento em que a primeira tenta instalar uma energia limpa que substituiria quase integralmente o petróleo. O dito controle é feito dentro da própria Noruega, não militarmente mas através de espaços públicos e directrizes que são ordens. O primeiro ministro quase nada decide, sem uma prévia reunião ( e autorização) da embaixadora russa em Oslo. A União Europeia (UE), quando "aparece", é para fazer a triste figura de "Pilatos" em que o "favor" à Rússia" vale quase sempre mais. Pelo meio, o governo escandinavo e os sucessivos primeiros ministros social-democratas, tentam gerir aquele "pântano", sem nunca "baterem o pé" a sério ao invasor. Isso tenta-o fazer uma organização, "Noruega Livre", com várias peripécias e muitas figuras ambivalentes e outras nem tanto. E a série continua, sempre às 22:15 horas dos dias úteis...
As perguntas sobram-me. Que ficção é esta? O que se pretende fazer com uma série contemporânea, com nomes de países reais? A Noruega, um dos países com maior desenvolvimento e mais bem gerido do mundo, dominado (consentidamente!) pela Rússia toda poderosa e rica? Numa cobardia sem nome e cedendo ao "lobby" que nos nos vai matando pela poluição? Que UE é esta, plena de cupidez que  a torna "amibiana "? Que sociais-democratas são estes? Ficção já a ultrapassar a realidade? Com que intenção? Estarei a ficar "doido"?...

Fernando Cardoso Rodrigues

7 comentários:

  1. Fernando , um pouco o retrato desta nossa Europa, sem ir directamente à realidade, que são países anti-democráticos "dentro" da União que obedecem à Rússia, como Hungria e Polónia, ou um que gosta desde que deixou de ser Império de ser "neutro", que é a Áustria.

    E o perigo que a União , hoje, enfrenta quer pela parte de Trump nos EUA, quer pela parte de Putin na Rússia, e pode ser ficcionado…...mas estamos em perigo de colapsar...logo, a série é de ser vista e assustarmo-nos….

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  2. Como já o disse muitas vezes, até aqui no blogue, sou cada vez mais europeu. Mas quanto ao momento que vivemos, estou de acordo consigo de acordo no que disse na generalidade.

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  3. É verdade Fernando, estamos ambos, assim como milhões, preocupados com o rumo da nossa Europa. A nossa Europa onde o fascismo levanta a cabeça. Na Hungria, na Polónia, na Republica Checa, na Áustria e na Itália. Todos membros da UE. E na Ucrânia. O Fernando aqui há tempos, lembrou, e bem, a colaboração dos grandes empórios da industria alemã com o nazi-fascismo hitleriano. Agora, em muitos casos involuntariamente e contra a vontade do Fernando, dos restantes social-democratas e, claro, de outros quadrantes ideológicos, é a social-democracia e a democracia cristã, quem o estar a permitir.E olhe, Fernando, não sou só eu que o digo! disse-o também um dos fundadores do PS; Alfredo Barroso no I de 30/04/18.

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  4. Estaremos ambos preocupados mas somente na preocupação em si mesma, não na análise dos fautores do que nos preocupa. Eu "luto" por dentro para tentar corrigir desvios dos "meus", enquanto o Francisco quer uma solução de "fora", velha e desacreditada. Aliás, a série televisiva que deu o mote a esta troca de opiniões mostra, quase à saciedade, isso mesmo. Deixe-me perguntar-lhe: aquele "nossa Europa" ( sem aspas) que utilizou, é mesmo querida por si?

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  5. Começo pelo fim. Não. Não é mesmo querida por mim. Preferia-a mais justa e solidária. Mas, mesmo assim, de longe, prefiro-a como está, que nas mãos dos fascistas. A solução que eu quero não é de fora, com ou sem aspas, nem velha e desacreditada. É uma Europa, livre e solidária, e bem mais justa que a actual.

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  6. Não percebi logo que queria o Fernando dizer com a solução de "fora". Retiro portanto o trecho " A solução que eu quero não é de fora, com ou sem aspas".

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  7. Esta série de "ficcionada" continua a ser o espelho desta nossa EUROPA desgraçadamente em SALDO!!!!!!!!!!

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