- Portugal, país reduzido a limites que encobrem a pobreza, esforça-se com suspeita paixão, por oferecer terra, estadia, subsídio e pão, a migrantes que se atiram ao mar e à aventura. O que se verifica, é que aqueles a quem se lhes abre a oportunidade de se fixarem no país, não aceitam de olhos fechados tal oferta, excepto se nela virem passagem para outra margem. Instalarem-se por cá, de modo a erguerem futuro, não é presente levado muito a sério. À excepção de brasileiros, que se encontram ao virar de cada esquina e à saída de qualquer área comercial e de lazer, sempre prontos a botar discurso ao microfone de TV, mais uns quantos ucranianos, que aqui estabelecem a base e quartel da família, para partirem a trabalhar na Europa mais além e voltarem, os migrantes convidados a fazerem vida aqui, não parecem entusiasmados nem animados a fazê-lo. Eles apercebem-se rapidamente da qualidade de condições em que vivem e sofrem os portugueses, que logo ao desembarcarem e poisarem o pé em solo luso, tiram o retrato com o equipamento mais moderno, enquanto lhes ocorre de imediato porem-se ao fresco a buscar melhor e mais garantido destino. Os portugueses, são ainda assim aqueles que aceitam sem tanto floreado, o pouco ou nada que lhes está ao alcance, ou os remedeia no silêncio da vergonha. Este país não é mesmo nem para refugiados. Apenas serve a romancistas iniciados, entretainers, psicólogos do sistema, e políticos de pacotilha. O povo, esse, continuará a esgravatar nos restos que a saúde consente!*
-*(pubcdº na SÁBADO.05.07-trucdº)
-*(pubcdo inJN.12-07)
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